Rádio Inconfidência

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RÁDIO INCONFIDÊNCIA



A necessidade de interligação e integração entre a capital de Minas Gerais e o interior do Estado motivou o então governador, Benedito Valadares Ribeiro, e o secretário de agricultura, Israel Pinheiro da Silva, a investir na instalação da Rádio Inconfidência, em Belo Horizonte.

A primeira transmissão aconteceu em 3 de setembro de 1936 e era praticamente a única forma de comunicação entre as cidades.

"Não havia telefones a ligar a capital com o interior, as estradas não eram asfaltadas, não havia linhas aéreas. Enfim, não existia comunicação e a rádio foi a solução encontrada para estreitar os laços entre o governo e o povo mineiro", explica a directora de anunciantes, Verene Lopes Cançado.

Porém, a Rádio Inconfidência não era a única solução para o problema da falta de entrosamento. Além da comunicação instantânea na cobertura dos acontecimentos políticos, econômicos e sociais, o governo considerava importante participar à população os eventos nacionais e internacionais e assim disponibilizou uma equipa jornalística para captar informações que ultrapassassem as barreiras do Estado. Isso sem esquecer o homem rural, o programa Hora do Fazendeiro foi criado com esse nicho de mercado e é transmitido até os dias de hoje. "É um programa criado para lavradores e fazendeiros e, possivelmente, é o mais antigo e popular programa de rádio brasileiro", diz Verene.

Além do homem do campo, donas de casa, jovens e desportistas não foram esquecidos pela equipa que compunha a Rádio Inconfidência. Músicos, maestros, actores, cantores e jornalistas eram responsáveis por concertos, radioteatro e informações especializadas. "As radionovelas, os programas de auditório e humorísticos, os espectáculos musicais e o desporto fizeram a rádio alcançar elevados índices de audiência na época.

"O sucesso pode ser comprovado pela construção de um auditório com capacidade para abrigar 2 mil pessoas. O jornalismo sempre teve destaque e foi uma das razões pela qual a rádio foi criada. A Inconfidência era uma das três emissoras que transmitiam o lendário Reporter Esso. "O jornal era irradiado por apenas três empresas, a Tupi, de São Paulo, a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, e a Inconfidência, de Minas Gerais.

Isso comprova a credibilidade e a aceitação da emissora na época."

Nos 66 anos de história, a emissora pública firma-se como referência para os mineiros. O Sistema Inconfidência expandiu a sua actuação e hoje três rádios compõem o grupo com nichos e conteúdo diversificados. A AM 880, com ondas médias, é a precursora e inicialmente estava vinculada à Secretaria da Agricultura. Atinge 853 municípios e é dirigida à população urbana com foco no entretenimento e jornalismo. "O jornalismo com ênfase à política é direccionado a diversas classes sociais e faixas etárias." A AM, com ondas curtas, 6010, em fase de implantação da programação, é direccionada à população rural. A emissora também enfatiza o jornalismo e, além de suprir os interesses da classe, leva aos ouvintes decisões dos poderes legislativos e executivos de Minas Gerais.

A Brasileiríssima opera em FM e alcança 00 quilômetros de extensão.
"Veicula exclusivamente música brasileira e é dirigida ao público formador de opinião. O foco do jornalismo é a prestação de serviços", conclui Verene Lopes Cançado.


Comentários

Ola boa tarde a todos da radio inconfidencia escuto a radio ja tem alguns anos pois sou radio amador e fasso radio escuta na frequencia de 7.000mhz e sempre desso la em baixo na frequencia 6.010mhz e gosto da programação da mesama a radio incofidencia parabens pela sua existencia pois continui sempre assim com as informação sempre atualizadas para a população de belohorizonte e para todo o brasil

obs Aqui em sao jsoe dos campos a radio chega sinal 9+40 db um sinal muitoi bom quando progação esta boa ....um abraso bey bey

adriano

sao jose dos campois sp

Não só a Rádio Inconfidência mas, todas as outras emissoras, antigas e mais importantes do Brasil, não têm na Internet, para melhor informar quem consulta, uma relação dos programas que fizeram sucesso, na música, no esporte, na cultura geral, noticiários e outros, e de seus idealizadores e apresentadores.
Fiz uma minuciosa consulta sobre programas que duraram bastante tempo, tais como; "O TANGO, O BOLERO E A SAUDADE", idealizado e por muito tempo apresentado por Ubaldo Ferreira; "CASSINO DA MADRUGADA", criado e apresentado por Álvaro Alvim; "NOITES QUE NÃO VOLTAM MAIS" de Geraldo Tavares que, inclusive, deixou 2 lps. de serestas gravados. Acho que seria, culturalmente importante saber sôbre esses programas, por que existiram, por quanto tempo, qual era sua audiência, seu formato, etc., e, também, uma bela homenagem aos seus idealizadore e apresentadores.
Sôbre os apresentadores mineiros, só encontrei algo sobre; Oswaldo Faria, José Lino e Aldair Pinto, todos políticos e apresentadores de programas de esporte.
Façam isso em homenagem à memória de Minas, a quem vocês estão devendo essa, principalmente por ser essa, uma estatal.

Obrigado,

Pedro Paulo Salomão