Maio 2020

Rádio Clube Infantil

Fernando Rocha tem sido incansável em me falar das memórias da rádio e da cultura do Porto na época em que a radiodifusão alargava domínios. Hoje, escrevo sobre o seu irmão Armandino Rocha (1934-2009), colega de liceu de Arnaldo Trindade. Os irmãos Rocha colaboraram com Rádio Clube Infantil, que não era uma estação de rádio mas fornecia programas infantis de rádio.

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Armandino Rocha canta em festa um dueto de ópera
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Gravar discos na rádio

Durante décadas, apesar de já existirem empresas discográficas, algumas estações de rádio gravavam discos. Com frequência, estes discos tinham uma edição de muito poucos exemplares e serviam como promoção de novos artistas na rádio ou nas editoras. Rádio Graça, em Lisboa, e Ideal Rádio, no Porto, fizeram disso uma atividade comercial, embora de não grande dimensão. No caso de Ideal Rádio, o seu proprietário Júlio Silva chegou a captar registos no palco de teatros.

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Disco de 78rpm com a música Nas Voltinhas do Marão
Fotografia de máquina de gravar discos

A rádio no livro "Café Central" de Álvaro Guerra

A primeira vez que o livro de Álvaro Guerra (Café Central) se refere à rádio é quando chega a televisão a Vila Velha. O Clube Vila-Velhense decidira adquirir um recetor e a montagem da antena exigiu uma reunião da direção para aprovar a despesa suplementar e confiar no engenheiro Silvério a sua instalação. O referido engenheiro, sócio da coletividade, era funcionário da Emissora Nacional e oferecera-se como voluntário para o desempenho da função, apoiado por dois eletricistas (p. 118). Estaríamos em 1957.

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A rádio no livro "Café Central" de Álvaro Guerra

Joly Braga Santos e a revista "Microfone"

A revista "Microfone", publicada ao longo da década de 1940 e dedicada à rádio, do grupo Editorial Império, tinha Eduardo Freitas Costa como diretor e Humberto Mergulhão como editor e chefe de redação. Este último, iniciado no SNI no Porto, faria carreira em Angola, chegando a chefiar a Emissora Oficial.

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Foto da revista "Microfone"
Outra foto da revista "Microfone"
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Rádio que não dorme

A Rádio que não Dorme (Rádio & Televisão, 29 de agosto de 1964), a completar a frase estruturante de Rádio Clube Português Sempre no Ar Sempre Consigo. No outro recorte (Rádio & Televisão, 31 de agosto de 1963), a capa coube a António Miguel, um dos realizadores do programa entre as três e as seis da manhã, chamado simplesmente Sintonia 63, com discos pedidos feitos por profissionais que trabalhavam à noite, como padeiros e motoristas.

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Revista Rádio & Televisão, 29 de agosto de 1964
Outra foto da revista Rádio & Televisão, 29 de agosto de 1964
Outra foto da revista Rádio & Televisão, 29 de agosto de 1964

Notícias de 1949

Magistral discurso de Salazar sobre a adesão de Portugal à NATO, de acordo com o título dado pelo editor, cantora Ernestina Almozline a estrear-se no programa de variedades da Emissora Nacional, a obra do padre Américo revelada na Rádio Renascença, a antiga locutora da rádio oficial Maria de Rezende a participar em programas de Rádio Peninsular e Artur Agostinho entrevistando o ciclista Félix Bermudes. Quase que se pode escrever uma história da rádio portuguesa de 1949 a partir desta página.

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Notícias de 1949

Mário Contumélias

Mário Contumélias, muito antes de ser presidente do Sindicato dos Jornalistas, foi colaborador do semanário Musicalíssimo, dirigido por José Jorge Letria. Os textos de Contumélias misturavam informação com apreciável ironia fina, a valorizar os trabalhos. A 8 de junho de 1973, ele escreveu sobre discos pedidos.

Alguns dos programas tinham títulos bem conseguidos, como Peça-nos mas a Cantar ou Peça que não Maça. Mais à frente, o polemista escreveria qualquer coisa como os programas de discos pedidos colaborarem com público impreparado e dar-lhe tudo menos formação (cultura).

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Mário Contumélias

Sobre Jorge Botelho Moniz

A publicação chamava-se Acção e a data 17 de outubro de 1936.

A guerra civil de Espanha (1936-1939) foi dos momentos mais trágicos da história secular daquele país. Em combate, o governo republicano e nacionalistas que a ele se opunham. Estes, inicialmente comandados por José Sanjurjo, que morreu em acidente de avião, passaram a ser dirigidos por Francisco Franco.

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Foto de Jorge Moniz
Outra foto de Jorge Moniz
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