Berílio e seus compostos são extremamente tóxicos, mas não são os únicos produtos perigosos usados em eletrônica. O lítio usado nas baterias também pode ser tóxico, em níveis séricos (quantidade de determinada substância no sangue) elevados. Causa danos à tireóide e aos rins.
Outro produto perigoso é o arsenieto de gálio, GaAs, presente em muitos componentes eletronicos modernos, principalmente semicondutores. É usado na fabricação de transistores, CIs, células solares etc. Extremamente tóxico, a deposição crescente de GaAs através do lixo eletrônico em aterros "sanitários" está provocando o aumento do risco de graves danos para a saúde humana.
A liberação crescente de arsênico através dos lixões com sucata eletrônica moderna pode causar danos ao organismo, através da contaminação do solo e dos lençóis freáticos.
O bromo, inalado, pode causar dano ao trato respiratório e aos pulmões. Cádmio, chumbo, berílio, bismuto, cobalto, cobre, cromo, estanho, lítio, mercúrio, níquel são alguns dos muitos produtos tóxicos contidos em dispositivos eletrônicos.
O uso de produtos perigosos existia também nos componentes eletrónicos de antigamente. Na ilustração, podem ser vistos alguns dos materiais que compunham o coquetel de produtos tóxicos que eram usados na fabricação de válvulas. Inclusive elementos "radioativos" entravam e entram no processo de fabricação das válvulas, hoje ainda.
Na natureza também existem elementos químicos "radioativos" e tóxicos. A água de mananciais subterrâneos pode apresentar níveis de radioatividade. A monitoração e o controle dos níveis de todos
esses produtos no ambiente deve ser permanente.
Sucata eletrônica precisa de descarte adequado e de reciclagem. Para um mundo mais saudável e seguro para todos, tudo depende da dosagem, da concentração, da forma da manipulação e de como os elementos químicos são manuseados e descartados depois do uso.