As válvulas eram componentes delicados e caros. Para proteger as frágeis válvulas a Philips recomendava que, em seus receptores de antigamente, se utilizassem fusíveis nos filamentos.
O fusível era tipo cartucho. Consistia num pequeno tubo de vidro, com um fio fino no interior, suportando 30 mA no máximo.
O fusível de filamento foi uma solução adoptada inicialmente como prevenção contra a inversão dos cabos de alimentação "A" e "B" das tensões dos receptores.
A alimentação "A" era a dos filamentos. A alimentação "B" era a das placas das válvulas, estas geralmente funcionando de 22 a 180 volts, nos primeiros receptores que operavam com tensões contínuas. O termo "+B" perdura até hoje para designar a alimentação de alta tensão dos circuitos de anodos (placas).
O fusível de filamento foi o precursor dos fusíveis de vidro que se usam até hoje nas fontes de alimentação de aparelhos eletrônicos. Além da Philips na Europa algumas marcas americanas adotaram igualmente medida semelhante em seus primeiros receptores para corrente contínua, como a Atwater Kent, RCA, Zenith e Crosley, buscando a proteção dos delicados filamentos de baixa tensão das válvulas. Os fusíveis eram simples, baratos e eficazes. As válvulas eram caras e delicadas.
Ilustração: anúncio de ANTENNA, de abril de 1929, sobre o fusível de filamento.