O primeiro receptor, tipo C.A./C.C., 100% com válvulas receptoras produzidas no Brasil foi o H1 da Ibrape.
O projeto e a construção do protótipo foram do Laboratório de Aplicações Eletrónicas da Ibrape, com conclusão em julho de 1953, utilizando cinco válvulas da nova série tipo Noval, produzidas na fábrica da Philips inaugurada no Brasil: HCH81, HF93, HBC91, HL94 e HY90.
A série "H" é de válvulas de séries de filamentos de 150 mA de corrente (C.A./C.C.). O total de filamentos é de 103 V. Na tensão nominal da antiga rede de 110 V, as válvulas trabalhavam ligeiramente superaquecidas, mas com tensão de rede de apenas 70 V o receptor continuava funcionando normalmente - o que era uma grande vantagem antigamente, quando eram comuns as subtensões no fornecimento público de eletricidade.
Circuitos como o descrito - adotados em muitos receptores antigos - precisam ser utilizados com grande cuidado, na atualidade, no padrão atual da rede de 127 VCA, cujo limite máximo pode chegar a até 133 VCA.
As bobinas utilizadas foram a Comar tipo 35A (circuito de antena) e 35C (circuito oscilador), de três faixas. Os transformadores de F.I. também eram da Comar, no protótipo.
O receptor, apesar de ser um projeto simples e económico, apresentava bom desempenho, com boa sensibilidade. O resultado chegava a ser surpreendente, em comparação com outros receptores, tipo C.A./C.C., de custo bem mais elevado.