A denominação "Tungar" vem do acrónimo formado por Tungsten-Argon. Designa as válvulas retificadoras com filamento de tungstênio em bulbo de vidro preenchido com argônio.
As válvulas Tungar foram inventadas por G. S. Meikle, da General Electric, em 1914. Com o passar do tempo surgiram outras marcas, fabricantes de válvulas tipo Tungar, como a Westinghouse, Philips, Siemens, Ediswan, Standard Electric etc.
Foram criadas também válvulas retificadoras empregando outros gases, como vapor de mercúrio ou uma combinação de argônio-mercúrio. A Standard Electric 866A, de vapor de mercúrio foi a primeira válvula fabricada no Brasil, em 1947.
Alguns autores apontam não estar correto usar o termo para retificadoras que não contenham argônio no interior. A própria Philips denominava como "válvulas tipo Tungar" as com vapor de mercúrio, por exemplo.
Algumas destas válvulas necessitam de aquecimento prévio e precisam operar na posição vertical. As retificadoras a gás foram importantes até quando surgiram os retificadores de selênio no Brasil, no começo da década de 1950. Eram consideravelmente mais robustas, eletricamente, e suportavam correntes maiores que as retificadoras a vácuo. Foram empregadas para fornecimento de tensão contínua em circuitos carregadores de baterias.
Rádios funcionando a baterias eram muito utilizados antigamente nas zonas rurais. As baterias, também chamadas acumuladores, eram levadas para recargas nas oficinas do interior, postos de abastecimento de combustíveis ou revendas de aparelhos eletrónicos.
(Leonardo Araujo Ferraz)