Esta é a válvula 3DG4. É uma retificadora de onda completa, tipo octal, de catodo de aquecimento direto de 3,3V, 3,8A (o que equivale a 12,5 watts), usada antigamente em fontes de alimentação de amplificadores de áudio profissionais, radiofonógrafos e aparelhos de TV P&B e em cores.
A 3DG4 como a da Zenith é capaz de fornecer 480 mA de saída e ainda hoje é uma opção muito mais barata que outras válvulas retificadoras parrudas semelhantes, usadas em fontes de alimentação da mesma faixa, como a 5U4, a GZ34 ou a 5AR4.
Um dos motivos de não ter se tornado mais popular foi o fato de necessitar de 3V: a maioria dos transformadores de força comerciais disponíveis na época era para tensões de filamento de 5V ou 6,3V. Trabalha com capacitor de entrada de no máximo 40 microfarads, para não diminuir a vida útil da válvula. Alguns experimentadores e reparadores usavam a 3DG4 mandando enrolar um transformador com a especificação de tensão correta para a válvula. Outros improvisavam usando um transformador com secundário convencional de 5V, por exemplo, de onde retiravam espiras para a tensão cair aos 3,3V necessários para o filamento.
Na fotografia vê-se a estrutura interna da 3DG4, reforçada com cuproníquel, no anodo, para melhor dissipação.
Válvulas retificadoras de corrente elevada precisam de soquetes de elevada qualidade, para não ocorrer centelhamento e carbonização. Além disso, precisam também de boa ventilação.
Ao trocar uma 3DG4 em algum equipamento antigo, verifique, cuidadosamente, o estado do soquete da válvula: quase sempre os terminais de contato estarão oxidados e carbonizados, no caso de uso intensivo.
Fazer sempre uma limpeza e polimento dos pinos da válvula e dos terminais do soquete. No tipo octal os terminais do soquete podem ser facilmente removidos. Proceder também a um leve aperto no garfo dos terminais. À direita, terminais já limpos e polidos. À esquerda, terminais oxidados, que ainda não sofreram limpeza.