Extracto de "A ceia dos Cardeais"

Separadores primários

Imagem: 
Representação teatral da Ceia dos Cardeais
Read time: 2 mins

A ceia dos Cardeais, de Júlio Dantas.


28 de Março de 1902: a obra literária "A Ceia dos Cardeais", de Júlio Dantas (O Dantas) é estreada no então Teatro D. Amélia (hoje Teatro São Luís), em Lisboa.

Este livro projectou o escritor no mundo, tendo 50 edições nas mais diversas línguas em 50 anos, atingindo 200 mil exemplares, o que era incalculável naqueles tempos da nossa Literatura.

Peça em um acto, em verso com Alves da Cunha, Assis Pacheco e João Vilaret

Data provável da gravação: 1961


Trecho da peça "Como é diferente o amor em Portugal!

Nem a frase sutil,
nem o duelo sangrento...
É o amor coração,
é o amor sofrimento.
Uma lágrima...Um beijo...
Uns sinos a tocar..
Um parzinho que ajoelha
e que vai casar.
Tão simples tudo!
Amor, que de rosas se inflora:
Em sendo triste canta,
em sendo alegre chora!
O amor simplicidade,
o amor delicadeza...
Ai, como sabe amar,
a gente portuguesa!
Tecer de sol um beijo, e,
desde tenra idade,
Ir nesse beijo unindo o amor
com a amizade,
Numa ternura casta
e numa estima sã,
Sem saber distinguir entre
a noiva e a irmã...
Fazer vibrar o amor em
cordas misteriosas,
Como se em comunhão se
entendessem as rosas,
Como se todo o amor fosse
um amor somente...

Ai, como é diferente!

Ai, como é diferente!"

Assista à representação completa de
A ceia dos Cardeais de Assis Pacheco

Comentários

Peço desculpa, mas a peça em questão foi escrita em verso alexandrino e a transcrição apresentada não respeita essa métrica.

É altamente improvável que a gravação seja de 1961, ano da morte de Villaret, em Janeiro. Também improvável é que possa ser de 1934, como indica uma biografia do actor.
Os meus cumprimentos.

Aos realizadores do monumental feito de nos dar uns ligeiros tópicos de "A CEIA DOS CARDEAIS", de júlio Dantas, os nossos melhores agradeimentos.

Só é pena que não seja mais completo...

Esse tipo de pensamento, quer dos personagen quer do Autor idealizador, não têm época e serão sempre apreciados por pessoas de todos os graus culturais, que se preocupem com literatura...
Reforço, reiterando o meu muito obrigado Senhores.
António Joaquim