BANDAS DE ONDA CURTA
Vamos ver com mais atenção as bandas da Onda Curta, utilizadas pelas estações de rádio difusão, quer sejam oficiais, particulares, religiosas, piratas ou clandestinas.
Podemos começar pelas chamadas “bandas tropicais” (120m, 90m e 60m), assim chamadas, porque são utilizadas por estações de rádio de países situados nos trópicos:
- Banda dos 120 m (2300 a 2495 kHz):
- Banda dos 90 m (3200 a 3400 kHz):
- Banda dos 60 m (4750 a 5060 kHz):
- Banda dos 75m (3900 a 4000 kHz):
- Banda dos 49m (5900 a 6250 kHz):
- Banda dos 41m (7100 a 7350 kHz):
- Banda dos 31m (9400 a 9990 kHz):
- Banda dos 25m (11600 a 12100 kHz):
- Banda dos 21m (13500 a 13870 kHz):
- Banda dos 19m (15100 a 15800 kHz):
- Banda dos 16m (17480 a 17900 kHz):
- Banda dos 15m (18900 a 19020 kHz):
- Banda dos 13m (21450 a 21850 kHz):
- Banda dos 11m (25670 a 26100 kHz):
Em língua portuguesa, emitem nesta banda seis estações brasileiras com pequenos emissores, entre os 2380 e os 2490 kHz (Rádio Educadora, R. Transamazónica, R. São Carlos, R. Alvorada, R. Cacique e R. Oito de Setembro). A mais potente, com 5 Kw, é a Transamazónica, em Senador Guiomard, no território do Acre.
Na América Latina aparecem nesta banda duas emissoras da Venezuela e duas do México.
É interessante verificar que, embora se trate de uma banda tropical, emite aqui uma estação norte-americana, do Estado do Tennessee, com 100 Kw e programas religiosos em língua inglesa destinados à África Central.
Também aparecem estações da Austrália, que apresentam programas em língua local (aborígene) e inglês. Estas emissões têm origem em Alice Springs, no Território do Norte e que tem a frequência mais baixa, em Onda Curta, registada em todo o Mundo (2310 kHz).
Outros países que têm estações de rádio nesta banda são a Bielo Rússia, Indonésia, Coreia do Norte, Israel, China.
A pesar disso, podemos dizer que, actualmente, não há muitas estações de rádio a transmitir na banda dos 120 metros, Onda Curta.
É interessante verificar que, já fora desta banda, está um emissor de 100 Kw da República Malgache na frequência de 2643 kHz. Aliás, é habitual encontrar-se estações a emitir fora das bandas internacionalmente consideradas. A China é um exemplo, mas a R. Vaticano também tem registadas duas frequências fora das bandas, como verificaremos.
É nesta banda que transmite a Rádio Moçambique, nos períodos da manhã e da noite, de Maputo, da Beira e de Nampula. Em língua portuguesa estão também várias emissoras brasileiras, Angola e África do Sul. Perú, Bolívia, Venezuela, Equador, Honduras, Guatemala, etc., são emissoras da América Latina que emitem em espanhol nesta banda. Também está aqui a R. Rebelde, de Havana, Cuba, 24h por dia. Países africanos, como Suazilândia, África do Sul, Namíbia, Botswana, Malawi e outros aparecem nesta banda em língua inglesa. Em francês, ouvem-se emissoras de Madagáscar, Togo, Níger, Congo, Zaire, etc..
A frequência da Rádio Moçambique (3210 kHz) é também utilizada por uma emissora norte-americana, do Tennessee. Claro que não há hipótese de interferência, porque a distância é muito grande e esta banda não se destina a ter grande alcance. Entre as oito e as nove da noite, hora local, a Rádio Moçambique (Maputo), em 3210, é interferida pela África do Sul, que está a essa hora na frequência vizinha de 3215 kHz. Esta situação deve verificar-se em Inhambane, por exemplo, onde a alternativa poderá ser a banda dos 60 metros ou, então, pode tentar-se os 407 metros, Onda Média (melhor nos meses mais frios).
Nesta banda emitem estações de rádio dos cinco continentes. Moçambique tem aqui os emissores de Maputo, Pemba e Nampula.
Angola está presente em força com os Emissores Provinciais de Cuando Cubango, Huíla, Uíge, Lunda Sul, Zaire, Bié, Malange, Cabinda, Namibe, Benguela e Huambo, além da própria Rádio Nacional de Angola.
De São Tomé está o retransmissor da Voz da América, com programas em hausa, francês e inglês.
Entre muitos outros países, podem ser encontradas estações de rádio da Suazilândia (Trans World Radio), Tanzânia, Zimbabué, Zâmbia, Botsuana e Lesoto.
De entre as várias estações brasileiras, que emitem na banda dos 60m, há possibilidade de ouvir a Rádio Cultura Ondas Tropicais, de Manaus, na Amazónia, que usa um potente emissor de 250 Kw.
Na frequência de 5000 kHz (ou 5 MHz), 60 metros certos, estão emissoras diferentes, que emitem sinal horário, da Venezuela, Guiné Equatorial e Rússia.
Havia em Olifantsfontein, na África do Sul, uma destas emissoras nesta frequência, 24 horas por dia, que pertencia ao Concelho Sul-Africano para a Investigação Científica e Industrial. Ouvia-se o pulsar dos segundos, como se fosse um relógio a funcionar, com um sinal horário a cada minuto.
Embora noutras frequências, havia em Maputo a “Rádio Naval”, que transmitia estas informações horárias durante poucos minutos por dia. Quem enviasse um relatório de escuta para a Caixa Postal 2267, Maputo, recebia uma carta de confirmação.
Tratámos até aqui das bandas tropicais, usadas quase sempre para os serviços domésticos, isto é, para o interior de cada país. Como, nos países tropicais as regiões a cobrir são grandes e pouco povoadas, a Onda Curta nestas frequências mais baixas são a solução, nas primeiras horas com sol e a partir do fim do dia.
Passamos agora às chamadas “bandas internacionais”, que, embora usadas também para os serviços domésticos de alguns países dos trópicos, servem de igual modo para os serviços externos. De manhã cedo e à noite utilizam-se as bandas correspondentes a frequências mais baixas; durante o dia procede-se de modo contrário.
Esta banda é “frequentada” por cinco ou seis estações da Europa, aparecem vários países asiáticos e até a Nova Zelândia e o Peru. De África está Angola, com o Emissor Provincial da Huíla; e os Camarões.
Ligeiramente fora desta banda, em 4005 kHz, transmite a Rádio Vaticano em várias línguas, de manhã cedo e à noite. Utiliza um emissor de 10 Kw para a Europa Central.
Já foi uma banda muito frequentada, onde se podia, antigamente, sintonizar a Suíça, a África do Sul e até Moçambique (Rádio Pax da Beira).
Esta é uma banda muito interessante, que traz grandes desafios a quem se dedica a sério à escuta da Onda Curta, onde costumam transmitir emissoras de mais de cem países, de “A” de Afeganistão, Albânia e Argentina a “Z” de Zâmbia e Zimbabué... Ouvem-se nesta banda também mais de cem línguas e dialectos, que inclui o Galego e o Basco falados, em regiões autónomas de Espanha; o Esperanto, língua simples e regular, criada por um polaco para as mais diversas pessoas se entenderem; e até o Latim, língua morta falada pelos antigos romanos; a língua inglesa, o francês, o chinês estão muito presentes nesta banda.
Também a língua portuguesa aqui aparece nas emissões da Rádio Moçambique (Maputo e Beira), Angola (Emissor Provincial de Benguela), Voz da América, RAI de Itália, BBC de Londres, Rádio Pequim, Trans World Radio da Suazilândia, Canal África da África do Sul, a americana WYFR e cerca de 25 estações brasileiras.
Do mesmo modo estão nesta banda esse fenómeno, que coloca as estações mais próximas dos seus ouvintes: os retransmissores. Em São Tomé há retransmissores da “Voz da América”, que emitem programas em inglês para a África Ocidental; na África do Sul, que, para além do Canal África, retransmite programas da BBC de Londres, da “Rádio Mundial Adventista” e do “Farol do Mundo”, sendo estas duas religiosas; e em Sines, Portugal, onde se situam emissores da “Voz da Alemanha”. Normalmente o som chega via satélite e é transmitido pelos emissores de Onda Curta, situados muito mais próximo da área de destino do que os estúdios onde o programa tem origem.
Na banda dos 49 metros, com tanta quantidade de emissores, é de esperar que eles tenham as potências mais variadas: os mais fracos (com apenas uma centésima de quilo uóte) são de uma emissora comercial no Canadá e de uma rádio clandestina na Colômbia...
Os serviços são também os mais diferenciados: programas nacionais, provinciais ou regionais; externos, internacionais ou ultramarinos; educacionais, universitários ou humanitários; comerciais, para minorias ou de informação económica. Enfim, uma variedade imensa de destinatários!
São estas e outras características que fazem da Onda Curta um meio tão especial de comunicação.
Em frequências fora da banda dos 49 metros aparecem várias estações, algumas delas a emitir em língua portuguesa: é o caso da Rádio Nacional de Angola, em 5500 kHz; da Rádio Vaticano, em 5883 kHz, para a Europa; e da Voz da América, em 5890 kHz, para África, de manhã.
Na frequência atrás indicada, da parte da manhã e também à noite, a Rádio Vaticano transmite, além do Português, em Árabe e em 12 línguas para a Europa.
Mais abaixo, em 5875 kHz, a BBC emite em dez línguas, de “A” de Azeri a “U” de Ucraniano, principalmente para a Europa.
Em frequências mais altas do que as da banda dos 49 metros, ou seja, já a caminho da banda dos 41 metros, encontram-se principalmente estações clandestinas de resistência e de libertação popular. No entanto, também aparecem “serviços externos”, como é o caso das rádios oficiais de Taiwan, de Israel e, principalmente, da Coreia do Norte, que apresenta aqui programas em sete línguas diferentes.
Embora os limites desta banda sejam os indicados entre parêntesis, são utilizadas frequências até aos 7580 kHz de uma forma muito intensa, pelo que se pode dizer que as emissoras se encarregaram de alargar a banda... Numa amplitude tão grande de frequências, aparecem estações dos quatro cantos do Mundo, emitindo em todas as línguas. Em língua portuguesa, além de Angola e Moçambique, ouve-se a BBC de Londres, a Voz da América, a Rádio China Internacional, Voz da Rússia, Vaticano, Rádio Trans Mundial e WSHB dos Estados Unidos.
Moçambique está presente com a Emissão Nacional em Português e com a Emissão Inter Provincial em Português e Tsonga.
Angola tem aqui a Huíla, Huambo, Lobito, Cuanza Sul, Benguela e Luanda.
São Tomé aparece com os retransmissores da Voz da América em Português, Hausa e Inglês para a África Ocidental e Central.
A África do Sul tem retransmissores da BBC de Londres, da TWR (Trans World Radio), de FEBA Sheychelles e da Rádio França. Transmite também nesta banda a Rádio Sonder Grense em Afrikaans.
Da Suazilândia emite a TWR (Rádio Trans Mundial) em Português, Macua e Inglês. Ouve-se o “General Service” da Rádio Tanzânia, em Swahili.
Durante o dia também se ouve o Zimbabué em Inglês e Shona.
Nesta banda dos 41 metros ouvem-se “serviços mundiais” da Rádio França e da Voz da Rússia; “estações regionais” de Benim e da Indonésia. A Voz da Rússia tem também aqui uma emissão especialmente dirigida aos marinheiros russos. A Voz da América apresenta noticiários em “Inglês especial”, isto é, Inglês falado devagar para que os ouvintes menos habituados àquela língua possam perceber o conteúdo do programa.
A “Voz do Sahel” é emitida em Francês pela Rádio Níger; e da Eritreia transmite “A Voz das Amplas Massas”, em Inglês. Tudo nesta banda dos 41 metros.
Pode dizer-se que a banda dos 41 metros começa onde acaba a banda dos 40 metros dos rádio amadores e, oficialmente, acaba nos 7350 kHz. No entanto, ela avança a caminho da banda dos 31 metros, embora comecem a rarear as estações apartir dos 7580 ou 7600 kHz. É, portanto, uma grande banda, onde é possível passar-se horas à procura de estações de todo o Mundo. Durante o dia, permite ouvir estações mais ou menos próximas. Mas, à noite, proporciona a escuta de países longínquos (na Europa, no Inverno, à noite escuta-se, por exemplo, a Índia e a África do Sul!). O frio ajuda a propagação...
Um exemplo de estação de rádio a emitir fora das bandas de rádio difusão é a Voz do Irão. Utiliza a frequência de 9022 kHz, ou seja, aproximadamente o comprimento de onda de 33 metros. Utiliza um emissor de 350 Kw para transmitir, das seis horas da tarde até depois das duas horas da manhã, programas em Inglês, Italiano, Turco, Alemão, Francês, Espanhol e Árabe. A “modulação” não é perfeita (o som é algo distorcido), mas a intensidade de sinal é boa (o emissor é potente e as antenas de emissão estão bem dirigidas).
Em frequências já próximas do início da banda dos 31 metros, aparece a Rádio Pyongyang, da Coreia do Norte, a emitir em diversos horários e em várias línguas asiáticas e europeias.
Outras emissoras que aparecem por aqui são a Rádio Taipé, a Rádio Internacional da China e a Voz da Grécia. Com menos presença estão emissoras da Ucrânia e do Paquistão.
A frequência mais baixa desta banda, 9400 kHz, tem sido ocupada pela Rádio Bulgária, que transmite para os Estados Unidos e para a Europa, de manhã cedo e após o pôr do sol, rm Búlgaro, Inglês, Francês e Alemão, com um potente emissor de 500 Kw.
Na frequência mais alta, 9990 kHz, transmite Rádio Cairo, durante cerca de quatro horas à noite, em Alemão, Francês e Inglês, para a Europa com um emissor de 250 Kw.
Entre estas duas, aparecem estações de todo o Mundo. Embora algumas estações possam ser ouvidas ao longo de todo o dia, a melhor hora para escutar esta banda internacional é à noite. Logo a partir do fim da tarde, as condições de escuta começam a abrir; conforme a manhã avança, a propagação começa a fechar.
Mais de cem países aparecem nesta banda, apresentando os seus programas em mais de 130 línguas.
Apenas um parágrafo para dizer que, em toda a Onda Curta, são transmitidos programas de rádio em quase 300 línguas e dialectos! Se não houvesse outras razões, esta realidade seria, só por si, um argumento para considerar a rádio o meio mais importante de difusão de notícias, ideias e tudo o que está implícito nos programas das estações...
A Rádio Moçambique está aqui presente com a Antena Nacional de Maputo (9620 kHz) e da Beira (9635 kHz) e com a Emissão Interprovincial de Maputo e Gaza (EIMG) em 9525 kHz durante todo o dia e parte da noite.
A Rádio Nacional de Angola transmite das 05.00 da manhã até à meia noite, ao lado da EIMG, em 9535 kHz, com 100 Kw de potência.
De São Tomé transmite a Voz da América, em quatro ou cinco frequências diferentes, para África Ocidental.
Da África do Sul ouve-se nesta banda dos 31 metros o próprio Canal África (em Inglês, Português, Francês e Swahili), além de retransmissões de programas da BBC de Londres, Rádio Transmundial e Rádio Adventista, entre outras. Uma vez por mês, ao Domingo de manhã, também é transmitido o programa da Liga dos Rádio Amadores da África do Sul.
A Rádio Trans Mundial transmite da Suazilândia programas em Swahili, Inglês, Francês, Lingala e outras línguas.
A Zâmbia tem nesta banda uma estação de rádio, que transmite durante o dia, em Inglês – “A Voz Cristã”.
Para além dos serviços que já deixámos entrever ao descrevermos esta banda dos 31 metros, aparecem aqui os mais diversos géneros de emissão; “conversa entre cubanos” e “forum militar cubano” são programas de exilados; do Iraque transmite a Rádio “Mãe de Todas as Batalhas”, frase que ficou conhecida durante a guerra do Golfo; para além dos serviços habituais, existe ainda um programa para russos no mar, rádios de movimentos de libertação, de estudantes universitários, clandestinos de inspiração política, etc..
Logo a seguir à Rádio Cairo, que ocupa a frequência mais alta desta banda dos 31 metros, aparece uma estação russa, que transmite sinais horários.
Seguem-se as frequências das transmissões aeronáuticas e, a caminho da banda dos 25 metros, aparecem estações de rádio muito espaçadas umas das outras: China, Índia, Coreia do Norte e a Islândia.
A Islândia é um caso interessante de estação que transmite fora das bandas habituais. Estão neste caso as frequências de 9275 kHz (32,35 metros) e de 11402 kHz (26,3 metros); por vezes utiliza outras duas, que estão quase no fim das bandas dos 22 e dos 19 metros.
Pouco antes do início da banda dos 25 metros escutam-se a Rússia, Taiwan, Austrália, Paquistão, Índia, algumas emissoras religiosas americanas, etc..
A banda dos 25 metros começa com a Rádio China Internacional e termina com a BBC de Londres. Nesta banda escutam-se imensas emissoras internacionais a qualquer hora do dia.
Escuta-se também a Antena Nacional da Rádio Moçambique, em 11820 kHz, com 100 ou 120 Kw de potência, sensivelmente das sete da manhã às sete da tarde. Actualmente é a frequência mais alta da rádio moçambicana, uma vez que o antigo emissor de 19 metros parece não estar no ar. Este emissor escutava-se na frequência de 15285 kHz e tinha uma potência de 120 Kw.
Sinto-me tentado em falar aqui das marcas de alguns emissores utilizados pela Rádio
Moçambique:
- “Brown, Bovery and Company”, da Suíça, que agora se chama “Thomcast”;
- “Continental”, do Texas, EUA;
- “Gates”, também americano, que mudou o nome para “Harris”;
- “Philips”, fabricado na Holanda;
- “RCA”, Radio Corporation of America, que agora é a “General Electric”;
- “Standard” da Austrália, que entretanto mudou o nome para “Alcatel”;
- “RIZ”, Radio Industry Zagreb, da Croácia, de 1994, com 20 Kw, que parece
ser o emissor mais recente da Rádio Moçambique.
Mas voltando à banda dos 25 metros, “falam-se” aqui mais de cem línguas e emitem quase cem países, tal como nas bandas internacionais mais utilizadas.
Em Português, além de Moçambique, Angola e Brasil, escutam-se os serviços externos de França, China, BBC de Londres, Argentina (para o Brasil), Itália, Voz da América, Voz da Alemanha, Roménia, Rússia, Síria e Vaticano.
Há um serviço em língua “Maconde” da FEBA, Associação Missionária de Radiodifusão, a transmitir das Ilhas Seicheles. Há outro em Zulu, proveniente da Rádio Cairo.
Duas vezes por semana, os habitantes das Ilhas Falklands, ou Malvinas, no Atlântico Sul, têm direito a um programa da BBC de Londres, que lhes é especialmente dedicado nesta banda, em língua Inglesa (Falklands Calling).
A Arábia Saudita faz aqui as suas emissões inteiramente preenchidas com o Santo Corão.
A “Voz Democrática do Bornéo” também aqui transmite os seus pontos de vista.
Apresentam-se nesta banda dos 25 metros três “Vozes”: a “Voz de África” (Líbia), a “Voz dos Árabes” (Egipto) e a “Voz da Caridade (Vaticano).
A Rádio Nacional de Espanha aparece nesta banda com programas em línguas nacionais autonómicas (Basco, Catalão e Galego).
Enfim, um manancial de estações de todo o Mundo para quem queira explorar sistematicamente esta banda internacional.
Entre as bandas dos 25 e dos 21 metros, para além de algumas estações de radiodifusão, podem escutar-se durante o dia muitas comunicações marítimas, entre os barcos, dos barcos para terra e de terra para os barcos. As frequências mais altas, a caminho da banda dos 21 metros, são utilizadas para as comunicações dos aviões.
Existe uma organização, que decide quanto às bandas de radiodifusão, e que se chama, em Português, mais ou menos isto: Conferência Mundial Administrativa de Rádio para o Planeamento das Bandas de Radiodifusão em Alta Frequência. Claro que existe uma abreviatura, a partir do nome original em Inglês e essa abreviatura é simplesmente “WARC”.
Vem isto a propósito desta banda dos 21 metros, que é relativamente recente. Em 1979 a WARC concordou em alargar algumas bandas já existentes e em criar a nova banda dos 21 metros. Naquela época a banda foi fixada entre as frequências dos 13600 e 13800 kHz.
Antes de esta banda ser criada, a Rádio Pequim já transmitia em 13700 kHz, com 20 Kw de potência. Em 1983, Rádio Pequim já não estava na banda, mas o Paquistão aparecia em 13605 kHz (com 250 Kw de potência) e Israel em 13720 kHz (com 300 kW). O Iraque apareceu em 1984 com 500 Kw em 13700 kHz.
A banda dos 21 metros começou a ter mais expressão em 1985, quando a antiga União Soviética transmitia em nada mais nada menos do que em 15 frequências diferentes. O Paquistão e Israel retiraram-se da banda, o Iraque permaneceu e apareceram o Bangladesh (em 13670 kHz com 250 Kw), o Irão (13745 kHz) e a Holanda (13770 kHz), com 500 Kw cada um.
Esta banda oferece boas condições de escuta durante o dia e ao começo da noite. Com o avançar da noite e madrugada, procuram-se frequências mais baixas.
A primeira estação que se ouve – em 13570 kHz – costuma ser a WIBN “Leão Vermelho”, dos Estados Unidos.
Encontram-se nesta banda estações de rádio de cerca de 50 países, que transmitem em pouco mais de 50 línguas, o que significa uma menor procura em relação a outras bandas de radiodifusão. Encontram-se as mais diversas potências, desde 1 Kw, de uma estação das Filipinas, aos 600 Kw da Rádio China. Aparecem os serviços habituais da Onda Curta: externos, estrangeiros, internacionais, ultramarinos, etc., de carácter religioso (a Arábia Saudita com o Santo Corão) e uma rádio da Universidade de Dallas, Texas, EUA; a Voz da América também está nesta banda – através dos seus retransmissores em São Tomé e no Botswana - com os habituais serviços VOA Africa, VOA Notícias Agora, VOA Inglês Especial (pausadamente, para quem o Inglês funciona como 2.ª língua).
Madagáscar está representado nesta banda dos 21 metros pelo retransmissor da Rádio Nederland, que partilha com a Rádio Canadá, com a Bélgica e com a Rádio “Voz da Esperança”.Em Português transmitem Rádio Portugal, Voz da América, Voz da Alemanha, BBC, Vaticano e Rádio Damasco da Síria (para o Brasil, eventualmente escutada em África).
A última estação que se ouve nesta banda dos 21 metros é a Islândia – em 13865 kHz – com um emissor de 10 Kw para a Europa em “banda lateral superior”, ou seja, apenas escutada por quem utilize um “receptor de comunicações”.
Entre rádio amadores ou em alguns programas destinados a rádio escutas, utiliza-se a Banda Lateral Única (BLU), que se divide em Banda Lateral Superior (BLS) e Banda Lateral Inferior (BLI).
Para quem veja e entenda o que vem indicado num desses “receptores de comunicações”, devo esclarecer que, em Inglês, diz-se, respectivamente: SSB (Single Side Band), USB (Upper Side Band) e LSB (Lower Side Band).
A vantagem da utilização das “bandas laterais únicas” é a maior facilidade de propagação dos sons emitidos. Um rádio normal apenas recebe as emissoras de radiodifusão, que transmitem em ambas as bandas.
Faremos aqui um intervalo para falar dos tipos de receptores, que estão à disposição dos ouvintes de Ondas Curtas:
- Rádios de Ondas Curtas: cobrem parte das bandas de ondas curtas, como por exemplo dos 19 aos 90 metros, como era o caso do “Xirico”, um óptimo aparelho construído nos anos 70/80 pela FAE (Fábrica de Aparelhos Electrónicos), de Maputo, Moçambique. Estes rádios costumam ter Onda Média – era também o caso do “Xirico” – mas não apanham comunicações em Banda Lateral Única (SSB).
- Rádios de Cobertura Geral: que tem toda a Onda Curta, dos 11 aos 120 metros, além da Onda Média, mas que também não sintonizam as comunicações em SSB. Estão neste grupo os rádios “domésticos” mais completos, a válvulas ou a transístores.
- Receptores de comunicações: os que têm toda a Onda Curta, Onda Média e Onda Longa. Geralmente começam na frequência de 150 kHz (início da Onda Longa) e acabam em 30 mil kHz, comprimento de onda de 10 metros. Além das estações de radiodifusão, recebem também comunicações em SSB (rádio amadores, código Morse, etc..
Os receptores de comunicações dos anos “sessenta”, não tinham Onda Longa: cobriam dos 540 kHz (555 metros, Onda Média) até aos referidos 10 metros.
Estes eram alguns dos comandos:
- Um ganho de RF (rádio frequência) para aumentar a sensibilidade, quando a
estação era muito fraca;
- Um “mute line” para tirar o som, quando, por exemplo, o receptor era
utilizado em conjunto com um emissor;
- S Meter: para medir a potência do sinal da estação que se recebia;
- BFO: para sintonizar melhor as emissões em SSB;
- Um ajuste de antena, que se fazia girar para tirar maior rendimento da antena
a que o receptor estava ligado;
- Um ajuste de mostrador, para acertar a frequência sintonizada;
- Bandspread: servia para desdobrar as frequências do sintonizador principal,
de modo a sintonizar melhor o que se queria escutar;
- Um Calibrador para determinar frequências (os receptores deste tempo eram de
sintonia analógica);
- Um AVC para diminuir as falhas de propagação;
- Controle de selectividade, para evitar as interferências;
E muito mais botões, que hoje se dispensam, porque os modernos receptores de
comunicações têm afixação digital de frequência e várias funções automáticas,
que os tornam muito eficazes.
Os antigos receptores de comunicações precisavam de algum tempo para aquecer; só depois de quentes é que se tornavam mais estáveis, sem que a frequência variasse tanto; por isso, tinham o alto-falante à parte, para evitar que a sua vibração alterasse a estabilidade de recepção e que fosse preciso acertar a sintonia durante toda a escuta.
A Emissão Nacional da Rádio Moçambique costumava aparecer nesta banda, na frequência de 15295 kHz, com uma potência de 120 Kw, durante todo o dia das seis da manhã às sete da tarde, sensivelmente. No entanto, há vários anos que ninguém consegue ouvir Maputo nesta banda.
Ouvem-se algumas emissoras brasileiras nos 19 metros. A que se ouvia melhor – Rádio Nacional do Brasil - deixou de transmitir em 15265 kHz os seus programas em Português, Inglês e Alemão para a Europa. À noite escutam-se, por vezes, fora do Brasil, a Rádio Record e a Rádio Globo de São Paulo. A Rádio Inconfidência de Belo Horizonte é difícil de escutar fora do Brasil. O mesmo se pode dizer da Rádio Timbira de São Luís do Maranhão, da Rádio Gazeta de São Paulo e do Rádio Clube de Ribeirão Preto.
Durante muitos anos, a BBC de Londres transmitiu nesta banda, em 15070 kHz. Já nos anos “noventa” foi pedido por um serviço público que se retirasse daquela frequência, porque causava interferência.
No entanto, hoje em dia, Taiwan utiliza a frequência vizinha de 15060 kHz e a Índia (All India Radio) está em 15075.
A BBC, entretanto, seleccionou para o seu “Serviço Mundial” em Inglês, nesta banda, quase trinta frequências diferentes, entre os 15105 e os 15575 kHz.
Uma estação interessante aparece também fora da banda dos 19 metros, em 15050 kHz: trata-se da Rádio para a Paz Internacional, que transmite da capital da Costa Rica (San José), na América Central. Dirige as suas antenas para a América do Norte, mas também pode ser ouvida na Europa em Inglês, Russo, Francês, Alemão e Espanhol.
A banda dos 19 metros é tipicamente uma banda internacional, com países de todo o Mundo aqui presentes em todas as línguas.
A Rádio Nova Zelândia transmite nesta banda para o Pacífico, mas é facilmente escutada, por exemplo, na Europa.
Para além das emissoras brasileiras atrás referidas, transmitem em Português nesta banda emissoras como o Canal África de Joanesburgo; a Voz da América, a WSHB e a WYFR dos Estados Unidos; BBC de Londres, Portugal, França, Itália, Roménia e Vaticano; Egipto (Rádio Cairo), China e Japão para o Brasil; e também a emissora HCJB (A Voz dos Andes) da República do Ecuador.
No extremo da banda aparecem estações como o “programa de libertação” da Voz do Tibete e Etíopes para a Democracia em dialecto Oromo; por motivos técnicos tem interesse a Rádio Tele Liberdade, que transmite em Banda Lateral Superior (BLU/USB) de Gbadolite, República democrática do Congo.Chegamos agora à banda internacional dos 16 metros, uma das mais usadas para emissões a longa distância, principalmente durante o dia.
Antes de entrarmos nesta banda, encontramos faixas que são usadas, durante o dia, para transmissões de navios e também de aviões. Tudo, é claro, em SSB (banda lateral única).
No início da banda dos 16 metros aparecem a Rádio Praga e All India Radio.
Numa banda destinada a emissões a longa distância, seria de esperar que se encontrassem emissores de alta potência. Isso é verdade, uma vez que aparecem emissores de 50 Kw, de 100, muitos de 250 e de 500 Kw. O mais potente parece ser da Voz da Rússia, que declara mil Kw!
No entanto, o que torna interessante a escuta das Ondas Curtas é o aparecimento, por entre a multidão de estações potentes, de algumas que só muito dificilmente serão ouvidas fora da área a que se destinam.
Aqui na banda dos 16 metros aparecem duas estações brasileiras nestas condições: a Rádio Cultura de São Paulo e a Rádio MEC, com estúdios na Praça da República, no Rio de Janeiro.
O Brasil transmitia em Português para África em 17750 kHz. Nesta banda aparecem ainda algumas emissões em língua portuguesa, nomeadamente do Canal África, da Voz da América, Vaticano, França, Alemanha e Portugal.
Juntamente com a banda dos 13 metros, munido de um bom receptor e de uma antena exterior bem feita (não há bons receptores sem boas antenas...), o ouvinte no Sul da África terá nos 16 metros todas as hipóteses de escutar o Mundo durante o dia.
No Botswana, A Voz da América (VOA) tem retransmisores; o mesmo se pode dizer da Rádio Nederland (holandesa) em Madagáscar. Isto aproxima os Hemisférios Norte e Sul, facilitando ao máximo a escuta.
Entre as muitas estações interessantes que operam na banda dos 16 metros, referimos a África N.º 1, que transmite, durante todo o dia, da capital do Gabão (Libreville) em Francês, para a África Ocidental, em 17630 kHz, mas que é ouvida muito bem na Europa com os seus 250 Kw de potência; para além da Onda Curta (16, 19 e 31 metros) tem uma rede de emissores em FM na República Centro Africana, Costa do Marfim, Niger, Mali, Senegal, Congo, Tchade, Togo, Burkina Faso e também em França. Faz a cobertura dos acontecimentos africanos, incluindo animadíssimos relatos de futebol ! Apresenta ainda inúmeros programas de boa música africana.
A banda de radiodifusão dos 15 metros é a mais nova de todas; foi criada apenas em 1992 pela Conferência Mundial Administrativa de Rádio para o Planeamento das Bandas de Radiodifusão em Alta Frequência (WARC-HFBC).
Situada entre as bandas dos 16 e dos 13 metros, a banda dos 15 metros nunca foi muito procurada, nem por emissoras, nem por ouvintes.
É utilizada pelas rádios oficiais da Noruega e Dinamarca (que utilizam os mesmos emissores) e da Suécia, com antenas dirigidas para as Américas.
Também aparecem duas emissoras dos Estados Unidos, com programas religiosos: a WSHB, da Carolina do Sul; e a WYFR, com emissor na Flórida.
Todas estas emissoras, à excepção da WYFR (100 Kw), utilizam potentes emissores de 500 Kw.
A WSHB transmite em Português, para a Europa, programas de meia hora; transmite também em Inglês e Francês.
A WYFR, “The Family Radio”, indica na sua publicidade um endereço na California.
E quanto à banda dos 15 metros, não se consegue ouvir mais nada...
Por falarmos nestas duas estações, passamos a referir um fenómeno que se regista já há alguns anos e que são as emissoras americanas com programas religiosos em Onda Curta.
A Trans World Radio, que também existe na Suazilândia, parece ser a mais importante, com emissores igualmente em França, Mónaco, Polónia, Arménia, Antilhas Holandesas, etc..
Sem querer apresentar uma lista exaustiva, referimos as seguintes:
- The Overcomer Ministry;
- World Beacon/African Beacon;
- World Wide Christian Radio;
- Family Radio, WYFR;
- Voice of Hope;
- Catholic Radio WEWN;
- World Harvest Radio;
- WJCR World Wide;
- KTBN International;
- KAIJ International;- WBCQ, do Maine;
- WMLK, da Pensilvânia;
- WVHA, da Florida;
- WHSB, de Boston;
- WSHB, da Carolina do Sul;
- WTJC, da Carolina do Norte;
- WGTG, do Tennessee;
- WWBS, KJES, etc.
Estas estações apresentam programas religiosos, que tanto podem ser calmos e que convidam à reflexão, como excitados e sublinhados por aplausos e respostas como “Amen” e “Aleluia”. Também transmitem cânticos.
Ao falarmos nesta realidade, não fazemos qualquer comentário.
Preferimos transcrever o Artigo 18.º da Declaração Universal dos Direitos do
Homem, que, sobre este assunto, diz:
“Toda a pessoa tem direito de liberdade de pensamento, de consciência e de
religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção,
assim como a liberdade de manifestar a sua religião ou a sua convicção, só
ou em comum, tanto pública como particularmente, pelo ensino, por práticas,
pelo culto e pela realização de ritos.” Se as pessoas entendem que este é o
meio adequado para propagar a sua Fé, então é lícito que o usem. Esta
atitude vem dar razão a quem acha que, mesmo hoje, a Onda Curta é um meio
poderoso de propagação de ideias.
Tanto em Portugal, como em Angola e Moçambique, existem emissoras católicas: é o caso da Rádio Renascença (Portugal), Radio Ecclesia (Angola) e Rádio Pax da Beira (Moçambique).
Na Polónia existe a Rádio Maria e, com este nome, existem estações de inspiração religiosa em vários países.
A maior rádio católica do Mundo é, sem dúvida a Rádio Vaticano, que transmite do Estado da Santa Sé, próximo da cidade de Roma, capital da Itália.
A Rádio Vaticano transmite em 37 línguas, desde “A” de Albanês a “V” de Vietnamita, passando por Esperanto e Latim. Nestas 37 línguas estão incluídas o Português e o Swahili.
Utiliza todas as bandas destinadas à rádio difusão em Onda Curta, desde os 13 até aos 49 metros e mais uma frequência logo a seguir ao limite dos 75 metros. A frequência mais alta é a de 21850 kHz, destinada ao Brasil, mas que chega muito bem a Portugal; a mais baixa é a de 4005 kHz, utilizada no Inverno para a Europa.
Em Português, a Rádio Vaticano transmite para a Europa, América do Sul e África; e em Swahili para a África Oriental.
A Rádio Mundial Adventista (AWR – Adventist World Radio) foi fundada há 30 anos e tem emissores em Guam, Itália, Alemanha, África do Sul, Áustria e Madagáscar. Transmite também via Satélite e Internet.
Entre o fim da banda dos 15 metros e o início da banda dos 13, há a assinalar uma outra banda dos 15 metros, mas dos rádio amadores. É uma banda muito animada, com muita utilização durante o dia. Mas, como é de dia a qualquer hora, considerando o conjunto do planeta Terra, podemos captar a qualquer hora as emissões em Banda Lateral Única dos amadores de todo o Mundo. Claro que o receptor, de mesa ou portátil, tem de ter SSB/BLU.
Antes da banda dos rádio amadores, existe uma estação que dá sinal horário 24 horas por dia nos 20 MHz (15 metros certos) em BLU (Banda Lateral Superior).
A seguir, em 20275 kHz, existe um repetidor da Rádio Rivadavia, da Argentina. Este é um fenómeno que ainda persiste, a pesar do uso dos satélites para levar o som aos emissores. Trata-se de um pequeno emissor de SSB, que faz a ligação dos estúdios aos emissores que, depois, são sintonizados em AM (Amplitude de Modulação) pelo público em geral.
Acontece, também na banda dos 60 metros, com um repetidor do “serviço de rádio e televisão das forças americanas”, que transmite da Itália e que é escutado em toda a Europa e Norte de África 24 horas por dia.
Esta é uma banda de rádio difusão usada para cobrir grandes distâncias, para transmissões intercontinentais.
A banda dos 13 metros começa com uma emissão, interessante em termos de escuta, em “banda lateral superior”, SSB/USB, destinada à Europa Ocidental e ao Pacífico Sul, em simultâneo, em 21455 kHz. Se observarmos as localizações relativas destas duas regiões e da República do Ecuador (onde tem origem a emissão), notamos que estão no mesmo enfiamento... Ou seja: a mesma antena transmite para Sul e para Norte ao mesmo tempo! O emissor está no ar durante quase vinte horas por dia, em Espanhol e em Inglês, apresentando programas religiosos da Rádio HCJB, Quito, Ecuador.
A mesma frequência é usada pela emissora americana, também de programas religiosos, “Family Radio”, durante as horas em que a HCJB desliga o emissor. “Family Radio” transmite para a Europa em Inglês, Francês e Alemão, nesta frequência.
Numa frequência um pouco superior, esta mesma Rádio HCJB aparece à noite a transmitir para a Europa em cinco línguas, sucessivamente.
Na banda dos 13 metros transmitem várias estações em Português, para África: Voz da América, Rádio das Nações Unidas, “Family Radio” e Rádio Portugal; Rádio Vaticano aparece, no fim da banda, em Português para o Brasil.
Esta banda não regista a utilização de algumas bandas internacionais, que vimos anteriormente, como os 19 e 25 metros. Há estações, na banda dos 13 metros, que apenas transmitem uma ou duas vezes por semana. E até há uma, muito interessante, que apenas está no ar uma vez por mês! Trata-se da Liga de Rádio Sul-Africana, da Liga de Rádio Amadores da África do Sul, que transmite apenas durante uma hora, num determinado Domingo do mês!
A pesar de uma menor procura por parte das estações de rádio, aparecem na banda dos 13 metros emissões provenientes de mais de trinta países e dos cinco continentes. Desde a Austrália ao Vaticano, passando por países tão diferentes como a Noruega ou o Paquistão, a Turquia ou o Chile, o Irão ou os Estados Unidos.
No meio desta diversidade, o emissor mais fraco a operar na banda, tem apenas 2 Kw de potência e pertence à Rádio para a Paz Internacional. Transmite da Costa Rica e, naquela banda e com aquela potência, será talvez escutada predominantemente por rádio escutas, que disponham de receptores de comunicações.
Depois, aparecem emissores de todas as potências, desde os 20 até aos 500 Kw. O “Canal África”, da África do Sul, dispõe precisamente de emissores de 500 Kw nesta banda.
Sem qualquer transição entre os 13 e dos 11 metros, no que se refere a estações a transmitir fora das bandas, aparece-nos a faixa de frequências mais altas para a radiodifusão.
A banda dos 11 metros é, actualmente, usada apenas por duas estações de rádio,
que utilizam emissores de 500 Kw de potência:
- A Voz da Alemanha, que transmite em Alemão durante seis horas por dia para a
Ásia e Europa;
- E a Rádio França Internacional, em Francês, quatro horas diárias para África.
Durante os períodos de “baixa actividade solar”, esta banda dos 11 metros é pouco usada. A recepção nas frequências desta banda é muito melhor na zona à volta do Equador (Zona Tórrida) do que nas zonas temperadas. Ouvintes em São Tomé e Príncipe, Norte de Angola, Congo, Gabão, Uganda, Quénia, Ruanda ou Norte da Tanzânia, têm boas condições de escuta na banda dos 11 metros, durante algumas horas do dia. O mesmo acontece com os rádio escutas da Amazónia (Norte do Brasil), Sul da Colômbia, República do Ecuador e de outros pontos do Globo.
Comentários
jorge nelson s.... (não verificado)
Qui, 2011-07-14 14:58
Ligação permanente
Re: Bandas de Ondas Curtas
Gostei muito, desejo me informar melhor sobre audição de ondas curtas, por exemplo horarios de transmissão da deustche welle,radio paris ou frança, BBc para o brasil, radio america e outras que tenham transmissões p/ brasil e /ou cursos. possuo um Zenith de11 faixas Canadense.
grato
Jorge