25 de Abril, a revolução na rádio

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A REVOLUÇÃO DE ABRIL



A Revolução de Abril trouxe à Rádio profundas transformações. Está feita a história da Revolução de Abril de 1974.

É conhecida a importância da Rádio no desencadear do Movimento, no agrupamento das forças militares, e mais tarde, numa certa apologia revolucionária junto das populações. O 25 de Abril traria à Rádio naturais e profundas transformações, decorrentes logo da ocupação militar das principais estações emissoras.


Logo da RDP


O Decreto-Lei 674-C/75 de 2 de Dezembro nacionaliza as estações de Rádio privadas, com excepção da Rádio Renascença, extingue a Emissora Nacional e cria a empresa pública que é hoje a Radiodifusão Portuguesa. Os anos seguintes assistiram a uma série de experiências e tentativas de alteração estrutural da empresa, agora com uma dimensão mais vasta resultante da junção das estruturas da Emissora Nacional, do Rádio Clube Português, dos Emissores Associados de Lisboa e de outros postos particulares.



Diálogo com a África:



Através de um Serviço de intercâmbio a RDP atende os pedidos vindos das estações emissoras que, do estrangeiro, se dirigem, principalmente, aos residentes portugueses e dedica particular atenção ao intercâmbio com estações emissoras filiadas na União Europeia de Radiodifusão (UER) e União das Rádios e Televisões dos Países Africanos (URTNA).

Vem sendo importante a presença da RDP nas Assembleias da UER como da URTNA porque se estabelece um salutar e indispensável diálogo no domínio radiofónico.

Protocolos de intercâmbio têm sido celebrados com as estações de rádio dos países africanos de língua oficial portuguesa e a RDP assegura, com regularidade, acções de formação de profissionais daquelas estações nas áreas de produção, técnica e informação.

Representantes das estações dos países africanos de língua oficial portuguesa assistiram, em 1985, em Lisboa, às comemorações dos «60 Anos da Rádio».

Desde há longos anos que a Rádio Estatal seguiu uma politica de descentralização através da criação de delegações e emissores regionais os quais dão a sua contribuição para a programação nacional, e mantêm também horas de emissão própria, numa mais intima ligação com a região onde se encontram inseridos. Actualmente, a panorâmica dos emissores é a seguinte: Regionais RDP Norte, no Porto; RDP Centro, em Coimbra; RDP Sul, em Faro; RDP Madeira, no Funchal e RDP Açores, em Ponta Delgada.

As Rádios Locais estão situadas no Porto, Bragança, Pêso da Régua, Viseu, Guarda, Coimbra, Santarém, Elvas e Faro.



O estatuto da RDP:


Restituída à administração civil em 1978, a RDP/EP vê aprovado, em 22 de Maio de 1984, o Estatuto actualmente em vigor, o qual clarifica os objectivos que lhe incumbem. A RDP tem por missão fundamental a prestação do serviço público de radiodifusão e fica obrigada a emitir, pelo menos, três programas de âmbito nacional, em Ondas Médias e Modulação de Frequência, de carácter recreativo, cultural e informativo; e ainda programas em Ondas Curtas dirigidos aos núcleos portugueses fixados no estrangeiro e aos países de língua oficial portuguesa.

Lançada numa difícil missão, pesada de encargos, a Empresa tem como receitas, as taxas, a publicidade e indeminizações compensatórias por parte do Estado.


A rádio em directo



A RDP hoje:


Os últimos anos assistiram aos esforços da RDP para se reestruturar e reequipar, actualizando os seus meios e alargando o seu campo de acção. Cobrindo com as suas emissões todo o território nacional e diversos espaços exteriores, com 315 horas diárias de emissão e uma potência total de 1900 Kw, com um volume anual de receitas de cerca de 25 milhões de Euros, a Radiodifusão Portuguesa figura hoje entre as vinte maiores empresas portuguesas do ramo dos serviços.

A RDP enfrenta hoje vários desafios mas mantém um público fiel principalmente entre a juventude.


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radio antes e depois do 25 de Abril