"O maravilhoso espectáculo do som! Eis, quanto a nós a melhor definição de rádio: um conjunto de sons que formam uma linha, definem uma ideia é o que lhes vamos apresentar.
Há ainda uma curiosidade: a ausência da voz do locutor!"
Este interessante trabalho retrata a vida dos que fazem do tejo a sua profissão; os pescadores, os estivadores, as varinas e os marinheiros.
E sempre com o locutor ausênte.
São os próprios intervenientes que, falando de si e do seu trabalho, falam da sua relação com o Tejo e, lógicamente, da relação deste com a cidade.
"Lisboa e o tejo" foi mais um dos muitos trabalhos inovadores que se fizeram no antigo Rádio Clube Português
O "RCP" - Foi a primeira emissora do país, criada em 1931, por iniciativa privada, com cobertura nacional de onda média e curta. Deveu-se-lhe o desenvolvimento da actividade radiofónica em Portugal.
Entre outras acções, efectuaram a primeira transmissão ininterrupta de 24 horas, realizada em 1963, com a estreia do programa Sintonia 63, emitido diariamente entre as três e as seis da madrugada, um horário inédito até então.
Exerceu um papel importante na revolução de 25 de Abril de 1974, tendo sido nesta estação que o locutor João Paulo Diniz leu a primeira senha que deu o arranque ao Movimento das Forças Armadas (MFA), na madrugada de 25 de Abril de 1974. Horas mais tarde, foi o primeiro órgão de informação a relatar a ocorrência da revolução, pela voz de Joaquim Furtado.
"Cai da noite um longo véu
Toda a luz desaparece
Já dormem estrelas no céu
Quando Lisboa adormece"
Nesta produção do Rádio Clube Português Mário Paiva e José Manuel captaram os exteriores para concretizarem uma ideia de Matos Maia e Leston Martins
Abrantes Gonçalves sonorizou e montou
Luis Filipe Costa leu quadras inéditas de Fernando Péres
Voz de Matos Maia
Responsáveis técnicos Manuel Pascoal e Luis Alcobia
Realização radiofónica de Matos Maia e Leston Martins
Uma cortesia do arquivo histórico de Os Clássicos da Rádio