A rádio em África (16)
Submetido por aminharadio em Sáb, 2021-02-06 15:345. Outras rádios: Rádio Clube do Moxico, Rádio Diamang, Voz de Angola [a partir do meu livro A Rádio Colonial em Angola, 2020]
5. Outras rádios: Rádio Clube do Moxico, Rádio Diamang, Voz de Angola [a partir do meu livro A Rádio Colonial em Angola, 2020]
4. Rádios de Luanda [a partir do meu livro A Rádio Colonial em Angola, 2020]
3. Sebastião Coelho [a partir do meu livro A Rádio Colonial em Angola, 2020]
2. Plano de Radiodifusão de Angola [a partir do meu livro A Rádio Colonial em Angola, 2020]
A etapa mais importante na rádio em Angola aconteceu em 1961, após o rebentar a guerra colonial (ou de libertação). Aqui, foi essencial a criação do Plano de Radiodifusão de Angola através de reorientação política e técnica, com o começo da Emissora Oficial e apoios aos rádios clubes em Angola. Da equipa técnica com objetivos políticos destaco Celestino Anciães Felício como grande organizador.
Não escondo o meu grande apreço por Angola. Ele é sentimental e é cultural. Por isso, a história da rádio daquele país no período colonial teve grande importância na minha investigação, definindo seis etapas (1938-1975) [a partir do meu livro A Rádio Colonial em Angola, 2020].
1. Rádio clubes
Após a independência do Brasil em 1822, Moçambique ficaria como uma das maiores colónias portuguesas. Situada na África oriental, com uma fronteira ligada à África do Sul, teve sempre muita influência deste vizinho.
No congresso de Berlim (1884-1885), a Guiné foi reconhecida como colónia portuguesa. Durante séculos, esteve sob administração de Cabo Verde, o que se refletiu, por exemplo, na criação do movimento de libertação PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), fundado por Amílcar Cabral. A luta da guerrilha começou a 23 de janeiro de 1963.
Em março de 1969, a Emissora Nacional de Radiodifusão (Lisboa) instalaria o emissor regional em S. Tomé e Príncipe, dentro da nova política imperial de radiodifusão do país. Até então, existia a estação Rádio Clube de S. Tomé, criada em ondas curtas em 1949 pelo governador Carlos Sousa Gorgulho, conhecido por conduzir o massacre de 3 de fevereiro de 1953, com cerca de um milhar de mortos, quando trabalhadores rurais se levantaram contra interesses de fazendeiros de café e cacau.
Partindo da investigação desenvolvida por Graham Mytton, eu defendo a existência de quatro fases distintas no desenvolvimento da rádio em África. A primeira foi a do período colonial, quando a rádio serviu os colonos e os interesses das potências coloniais. Todo o continente ao sul do Saara, exceto Libéria e Etiópia, foi colonizado pelas potências europeias: França, Grã-Bretanha, Espanha, Bélgica, Itália, Alemanha e Portugal.
A primeira rádio na África do Sul foi construída pela South African Railways em Joanesburgo no final de 1923. A Cape and Peninsula Broadcasting Association iniciou um serviço semelhante na Cidade do Cabo em 1924, ao passo que Durban começou a emitir quase no fim do mesmo ano. O financiamento vinha de licenças de ouvintes, baixo na totalidade. Daí, o empresário de seguros I. W. Schlesinger, com a permissão governamental, formar a African Broadcasting Company (ABC) em abril de 1927, incorporando as três organizações de radiodifusão.
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