Diversos

A rádio contada em imagens (XIX)

A imagem seguinte tem a minha preferência (16 de outubro de 1947). Ainda se lembrava a violenta II Guerra Mundial, mas agora com uma mistura de riso e ironia. O tema era o convite à rendição apenas quando se transmitisse o Convite à Valsa, de Carl Maria von Weber (1786-1826), peça para piano de oito minutos que o compositor dedicou à esposa e considerada a primeira valsa para ouvir e não dançar. Berlioz orquestrou a partitura em 1841.

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Imagem que lembra a violenta II guerra

A rádio contada em imagens (XVIII)

No tempo em que os animais falavam, um cão critica o homem que ouve o programa radiofónico de ginástica: “É preciso um aparelho de rádio para aprender a levantar a perna” (9 de outubro de 1947). O desenho é uma espécie de variação de outro já publicado, a da escuta da ginástica através da rádio. Mas mostra, igualmente, a importância da rádio na comunicação.

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Um cão critica o homem

A rádio contada em imagens (XVII)

Mais tarde, a 1 de janeiro de 1971, o programa Ginástica de Pausa, no 2º programa, seria emitido a partir das 10:45. Dos 15 minutos previstos de duração, Ginástica da Pausa nunca ultrapassava os seis, obrigando os estúdios a passarem música para preencher o tempo. O programa com outra designação, Ginástica Matinal, era gravado no estúdio A, o grande e mítico estúdio da Emissora Nacional.

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Caricatura que coloca em desigualdade o homem e a mulher

A rádio contada em imagens (XVI)

Júlio Guimarães, locutor ligado a estações portuenses, contava uma história bonita sobre as senhoras que o ouviam (e aos tangos que cantava): “Um sujeito a cantar e a falar e a meter aqueles discos com títulos carregados de sentimento e palavras de amor que cobra. Não caíam para o chão, não desmaiavam. Levavam-me flores, um bolinho de vez em quando para comer, dádivas. Gostava que me levassem coisas de comer porque o dinheiro não me sobrava.

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Publicação na revista Rádio Nacional
Outra publicação na revista Rádio Nacional

A rádio contada em imagens (XV)

Ainda sobre o (pouco) conhecimento público dos artistas à altura. Após vencer o concurso de rainha da rádio em 1951, Júlia Barroso participou em diversos espetáculos. Num deles, deslocou-se de comboio. À chegada da estação, alguém comentou sobre a figura da cantora: “ah, afinal, já é entradota”. Mas era a mãe de Júlia Barroso, que se viu obrigada a dizer logo que era a mãe e não a filha, que sairia da carruagem logo a seguir.

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Locutor apresenta-se como corcunda, coxo, estrábico e surdo

A rádio contada em imagens (XIV)

Outra imagem retirada de Rádio Nacional, esta de 4 de setembro de 1947. A cantora mostra ao admirador a fotografia da primeira atuação. Nesse ano, a Emissora Nacional criaria o Centro de Preparação de Artistas da Rádio, que moldou o panorama da música ligeira até finais da década de 1960. Madalena Iglésias, Simone de Oliveira e Artur Garcia foram revelados pelo centro e tornados artistas da rádio. Outra artista conhecida à época da vinheta aqui mostrada foi Júlia Barroso, vencedora do primeiro concurso da rainha da rádio (1951), promovido pela revista Flama.

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Cantora que mostra a fotografia da primeira atuação

A rádio contada em imagens (XIII)

Quanto à imagem de 28 de agosto de 1947, não consigo interpretar totalmente o significado do texto. Talvez fosse uma referência a acontecimento de então, em que o sábio falava na rádio sobre um assunto particular – a condecoração. Mas é evidente uma segunda leitura, a do global versus local, hoje muito presente. Falar na rádio é dirigir-se ao mundo, mas o entrevistado decide dedicar a oportunidade aos tios que viviam em frente à rádio. Não seria melhor ir ter a casa deles e não usar a rádio como intermediário? Ou ele era vaidoso em excessivo?

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Tratando de assunto importante

A rádio contada em imagens (XII)

Diz-se que a pescada antes de o ser já era. Ou que o vestido já o era antes de ser vestido. Mas a história da imagem mostra o caminho que leva o compositor ao seu objetivo. Ele é compositor porque está a compor, mas ainda não compôs (vinheta de 14 de agosto de 1947). Na década inicial da sua existência, a Emissora Nacional quase dera emprego a todos os músicos do país, criando diversas orquestras. Na década seguinte, a estação criaria o Gabinete de Estudos Musicais em 1942, recebendo propostas de compositores e contratando (projeto, temporada, anuidade) muitos deles.

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As orquestras na rádio

A rádio contada em imagens (XI)

Na semana seguinte, a 17 de julho de 1947, a vinheta mostrava a existência de várias pequenas estações em Lisboa. Em 1947, as estações de rádio eram Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Rádio Renascença e pequenas estações, também designadas “minhocas” e integradas nos Emissores Associados de Lisboa no começo da década de 1950. O conjunto dessas pequenas estações, sendo da esquerda para a direita, eram Rádio S. Mamede, Rádio Graça, Clube Radiofónico de Portugal, Rádio Juventude, Rádio Peninsular e Rádio Continental.

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Vinheta ilustrando várias estações de Lisboa

A rádio contada em imagens (X)

A imagem de 10 de julho de 1947 é a das que mais aprecio. A imagem reflete uma época e os seus hábitos e estilos. Primeiro, ouvir ópera no Teatro S. Carlos implicava um código de vestuário rígido. Segundo, a rádio tornou popular a música clássica (então designada séria) através de transmissões em direto de ópera. A Emissora Nacional desdobrou a oferta em dois programas em 1945, para garantir os dois gostos – ligeiro e clássico –, após entrada em funcionamento dos emissores de Castanheira do Ribatejo (ondas médias).

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Desenho representativo da rádio da época

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