Galerias privadas

A rádio contada em imagens (XX)

No pós-II Guerra Mundial, a aquisição de um recetor de rádio era uma marca de modernidade. Por essa época, os jornais traziam publicidade de muitos modelos de recetores, ainda de dimensões grandes se comparados com os produzidos desde finais da década de 1960. A explicação residia nos componentes eletrónicos. Antes, as válvulas grandes e a irradiarem muito calor, pelo que precisavam de caixas grandes para escoar as temperaturas; depois, os pequenos transístores, com muito pouco consumo.

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Rádio

A rádio contada em imagens (XIX)

A imagem seguinte tem a minha preferência (16 de outubro de 1947). Ainda se lembrava a violenta II Guerra Mundial, mas agora com uma mistura de riso e ironia. O tema era o convite à rendição apenas quando se transmitisse o Convite à Valsa, de Carl Maria von Weber (1786-1826), peça para piano de oito minutos que o compositor dedicou à esposa e considerada a primeira valsa para ouvir e não dançar. Berlioz orquestrou a partitura em 1841.

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Imagem que lembra a violenta II guerra

A rádio contada em imagens (XVIII)

No tempo em que os animais falavam, um cão critica o homem que ouve o programa radiofónico de ginástica: “É preciso um aparelho de rádio para aprender a levantar a perna” (9 de outubro de 1947). O desenho é uma espécie de variação de outro já publicado, a da escuta da ginástica através da rádio. Mas mostra, igualmente, a importância da rádio na comunicação.

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Um cão critica o homem

A rádio contada em imagens (XVII)

Mais tarde, a 1 de janeiro de 1971, o programa Ginástica de Pausa, no 2º programa, seria emitido a partir das 10:45. Dos 15 minutos previstos de duração, Ginástica da Pausa nunca ultrapassava os seis, obrigando os estúdios a passarem música para preencher o tempo. O programa com outra designação, Ginástica Matinal, era gravado no estúdio A, o grande e mítico estúdio da Emissora Nacional.

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Caricatura que coloca em desigualdade o homem e a mulher

A rádio contada em imagens (XVI)

Júlio Guimarães, locutor ligado a estações portuenses, contava uma história bonita sobre as senhoras que o ouviam (e aos tangos que cantava): “Um sujeito a cantar e a falar e a meter aqueles discos com títulos carregados de sentimento e palavras de amor que cobra. Não caíam para o chão, não desmaiavam. Levavam-me flores, um bolinho de vez em quando para comer, dádivas. Gostava que me levassem coisas de comer porque o dinheiro não me sobrava.

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Publicação na revista Rádio Nacional
Outra publicação na revista Rádio Nacional

A rádio contada em imagens (XV)

Ainda sobre o (pouco) conhecimento público dos artistas à altura. Após vencer o concurso de rainha da rádio em 1951, Júlia Barroso participou em diversos espetáculos. Num deles, deslocou-se de comboio. À chegada da estação, alguém comentou sobre a figura da cantora: “ah, afinal, já é entradota”. Mas era a mãe de Júlia Barroso, que se viu obrigada a dizer logo que era a mãe e não a filha, que sairia da carruagem logo a seguir.

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Locutor apresenta-se como corcunda, coxo, estrábico e surdo

A rádio contada em imagens (XIV)

Outra imagem retirada de Rádio Nacional, esta de 4 de setembro de 1947. A cantora mostra ao admirador a fotografia da primeira atuação. Nesse ano, a Emissora Nacional criaria o Centro de Preparação de Artistas da Rádio, que moldou o panorama da música ligeira até finais da década de 1960. Madalena Iglésias, Simone de Oliveira e Artur Garcia foram revelados pelo centro e tornados artistas da rádio. Outra artista conhecida à época da vinheta aqui mostrada foi Júlia Barroso, vencedora do primeiro concurso da rainha da rádio (1951), promovido pela revista Flama.

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Cantora que mostra a fotografia da primeira atuação

A rádio contada em imagens (XIII)

Quanto à imagem de 28 de agosto de 1947, não consigo interpretar totalmente o significado do texto. Talvez fosse uma referência a acontecimento de então, em que o sábio falava na rádio sobre um assunto particular – a condecoração. Mas é evidente uma segunda leitura, a do global versus local, hoje muito presente. Falar na rádio é dirigir-se ao mundo, mas o entrevistado decide dedicar a oportunidade aos tios que viviam em frente à rádio. Não seria melhor ir ter a casa deles e não usar a rádio como intermediário? Ou ele era vaidoso em excessivo?

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Tratando de assunto importante

A rádio contada em imagens (XII)

Diz-se que a pescada antes de o ser já era. Ou que o vestido já o era antes de ser vestido. Mas a história da imagem mostra o caminho que leva o compositor ao seu objetivo. Ele é compositor porque está a compor, mas ainda não compôs (vinheta de 14 de agosto de 1947). Na década inicial da sua existência, a Emissora Nacional quase dera emprego a todos os músicos do país, criando diversas orquestras. Na década seguinte, a estação criaria o Gabinete de Estudos Musicais em 1942, recebendo propostas de compositores e contratando (projeto, temporada, anuidade) muitos deles.

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As orquestras na rádio

A rádio contada em imagens (XI)

Na semana seguinte, a 17 de julho de 1947, a vinheta mostrava a existência de várias pequenas estações em Lisboa. Em 1947, as estações de rádio eram Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Rádio Renascença e pequenas estações, também designadas “minhocas” e integradas nos Emissores Associados de Lisboa no começo da década de 1950. O conjunto dessas pequenas estações, sendo da esquerda para a direita, eram Rádio S. Mamede, Rádio Graça, Clube Radiofónico de Portugal, Rádio Juventude, Rádio Peninsular e Rádio Continental.

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Vinheta ilustrando várias estações de Lisboa

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