Dante Efrom

Isto é um serviço de restauração?

Não, longe está de poder ser chamada de uma restauração. Restaurar é repor ao equipamento as suas características originais.

Empregar um transformador de alimentação no lugar de um transformador de saída de áudio é empurrar gato por lebre. Aparelhos antigos usavam transformadores de áudio - e não transformadores de força na saída de áudio.

Autor nome : 
Sub título: 
Read time: 2 mins
Autor apelido: 
Categoria livre: 
Imagem: 
Imagem ilustrativa

No tempo em que havia fusíveis nos filamentos das válvulas

As válvulas eram componentes delicados e caros. Para proteger as frágeis válvulas a Philips recomendava que, em seus receptores de antigamente, se utilizassem fusíveis nos filamentos.

O fusível era tipo cartucho. Consistia num pequeno tubo de vidro, com um fio fino no interior, suportando 30 mA no máximo.

O fusível de filamento foi uma solução adoptada inicialmente como prevenção contra a inversão dos cabos de alimentação "A" e "B" das tensões dos receptores.

Read time: 2 mins
Categoria livre: 
Imagem: 
anúncio de ANTENNA, de abril de 1929, sobre o fusível de filamento

Baús de tesouros

Nos primeiros tempos dos rádios valvulados, o defeito mais comum que ocorria nos receptores era a queima de filamentos. Há estimativa de que até 90% das falhas nos receptores eram devidas às válvulas: tinham filamentos frágeis, que se rompiam facilmente com qualquer descuido na alimentação de tensão.

As válvulas também apresentavam outros problemas, como a diminuição precoce de emissão. Como tinham baixo ganho, qualquer diminuição na emissão prejudicava o desempenho adequado do circuito.

Autor nome : 
Sub título: 
Read time: 2 mins
Autor apelido: 
Categoria livre: 
Imagem: 
Maleta da RCA

No mundo das válvulas: a 3Q4 Telefunken

A válvula 3Q4 foi criada pela empresa americana RCA, Radio Corporation of America., no início da década de 1940. É um pentodo miniatura, de sete pinos, de baixo consumo (filamento de 1,4 V, 50 mA), destinado a receptores portáteis alimentados por baterias.
Geralmente operava com 90 V em placa.

A aplicação típica da 3Q4 era como válvula de saída, capaz de potência de áudio de 0,24 W
(240 mW), dependendo do circuito.

Autor nome : 
Sub título: 
Read time: 2 mins
Autor apelido: 
Categoria livre: 
Imagem: 
Válvula 3Q4 Telefunken

Publicações técnicas: Revista Electron

Dentre as publicações técnicas da época de ouro da eletrónica brasileira, uma é pouco lembrada:
a revista Electron.

Bimestral, foi lançada como revista de engenharia eletrónica, em janeiro de 1964, pela Editora Etegil de São Paulo. Seu diretor era o engenheiro Adalberto E. Miehe, que atuou também na Ibrape e em outras publicações técnicas de eletrónica. Na produção estava Alfredo Franke.

Autor nome : 
Sub título: 
Read time: 2 mins
Autor apelido: 
Categoria livre: 
Imagem: 
Exemplar da revista

Válvulas retificadoras tipo Tungar

A denominação "Tungar" vem do acrónimo formado por Tungsten-Argon. Designa as válvulas retificadoras com filamento de tungstênio em bulbo de vidro preenchido com argônio.

As válvulas Tungar foram inventadas por G. S. Meikle, da General Electric, em 1914. Com o passar do tempo surgiram outras marcas, fabricantes de válvulas tipo Tungar, como a Westinghouse, Philips, Siemens, Ediswan, Standard Electric etc.

Autor nome : 
Sub título: 
Read time: 2 mins
Autor apelido: 
Categoria livre: 
Imagem: 
Exemplo de retificadora tipo Tungar

Isto é uma "restauração"?

Obviamente que a adaptação de diodos de silício no lugar de uma válvula retificadora não se trata de restauração. "Restaurar" é devolver ao objeto as suas características originais. No caso, trata-se de uma adaptação.

Adaptações não podem ser apresentadas como restaurações. Profissional correto não apresenta adaptação - mesmo bem executada - como se fosse obra de restauração. No máximo, trata como "recuperação", "reparação" ou até "melhoria", caso o aparelho original apresentasse defeito crônico, por exemplo.

Autor nome : 
Sub título: 
Read time: 2 mins
Autor apelido: 
Categoria livre: 
Imagem: 
Imagem ilustrativa

Porque foi adotada a frequência intermediária de 455 kHz nos radiorreceptores?

As primeiras FIs eram de 45 quilohertz, ou "quilociclos", segundo a nomenclatura da época. Foi a frequência adotada pela Western Electric, por exemplo, em 1927. Os receptores não tiveram sucesso e foram logo abandonados: o rendimento não era satisfatório, os indutores eram volumosos e o fator "Q" obtido com bobinas ressonando em frequências mais altas era maior.

Quando os receptores super-heteródinos possuíam a faixa de ondas longas (150 a 350 kHz), como nos modelos europeus, frequências próximas a 110 kHz eram usadas para frequências intermediárias.

Autor nome : 
Sub título: 
Read time: 2 mins
Autor apelido: 
Categoria livre: 
Imagem: 
Imagem ilustrativa

Bobinas com defeito?

Não se engane: não são falhas nos enrolamentos de bobinas, mas sim ajuste de fábrica.

O método das espiras afastadas era utilizado por fábricas como a Douglas, para o ajuste final da indutância, que devia ficar no valor do modelo-padrão desenvolvido em laboratório.

O deslocamento de espira ou espiras era adotado no ajuste final, individual, das bobinas osciladoras e de antena, antes do acabamento por verniz, cera ou parafina. O método foi adotado também por outras fábricas.

Read time: 1 minuto
Categoria livre: 
Imagem: 
Exemplo de bobina

Inimigos das bobinas

A presença de humidade provoca oxidações nos enrolamentos de indutores. Desencadeia também o surgimento de mofos (fungos) nos fios com isolamento de seda ou algodão.

Mofo e humidade provocam redução do fator Q das bobinas, comprometendo o desempenho dos circuitos ressonantes. Causam redução significativa no rendimento do receptor.

Autor nome : 
Sub título: 
Read time: 1 minuto
Autor apelido: 
Categoria livre: 
Imagem: 
Bobina fungada por causa de humidade

Páginas