UM POUCO DA HISTÓRIA DA RCA E CUNNiNGHAM:
Antecessoras a RCA
Antes de 1920, as válvulas americanas eram fabricadas exclusivamente para Serviços de Telefonia, como amplificadoras de áudio e repetidoras de telefonia, Relay Tubes; Uso Militar e alguma coisa para pesquisas de Amadores e Experimentadores.
Em dezembro de 1917 a General Electric enviou 1000 tubos "Válvulas triodos” a U.S.Navy, essas válvulas tinham o seu código CG-886 e tinham apenas 3 contactos embaixo da base e um pininho lateral que era o quarto contacto.
Mais tarde, a General Electric apresentou uma nova válvula a VT-11, com 4 pinos por baixo da base e 4-volts de filamento. Tinha a base de latão e encaixava nos soquetes UV usados pela De Forest Company e por muitas válvulas amplificadoras de telefonia da Western Electric também.
Outra válvula de uso militar apresentada pela GE anterior a 1920, foi a VT-16 que tinha a base feita de uma massa e envolvida por um fino tubo de latão, conhecida como Shaw Base, em homenagem ao seu produtor. Este estilo de base é muito primitivo, anterior à base da VT-11.
Com o crescente aumento do interesse de radio amadores, experimentadores e com o surgimento do Broadcasting nos EUA, em dezembro de 1919, apareceu um grande interesse na produção de válvulas especificamente para o Radio Domiciliar e é aí que surge a RCA em julho de 1920.
A RCA inicialmente era uma distribuidora de válvulas produzidas pela General Electric a partir de 1920 e pela Westinghouse também, a partir de 1921, somente a partir da segunda metade de 1929 é que a RCA passou a produzir as suas próprias válvulas, com o lançamento da RCA-221 e no inicio de 1930 com a extinção dos prefixos; UX e UY foram substituídos pelas três letras RCA mais o numero da Válvula, por exemplo, no inicio de 1930 a UX-245 foi substituída pela RCA-245, com a mesma ampola de vidro e as mesmas características eléctricas.
As duas primeiríssimas válvulas apresentadas pela RCA no mercado consumidor foram por volta de novembro de 1920 as UV-200 (uso como detectora, somente) e a UV-201 que era basicamente uma amplificadora e detectora também.
A UV-200 tinha uma pequena atmosfera interna de gás argon, o que fazia dela uma excelente detectora, o que realmente é e a UV-201 com alto vácuo. Em 1921 a Westinghouse entrou em cena e produziu algumas poucas válvulas, actualmente raríssimas, com a designação de Aeriotrons. Essas foram apresentadas com dois estilos de números, 319517 e 319513 e também conhecidas como WR-21A amplificadora e WR-21D detectora, a detectora tinha uma pequena marquinha verde pintada no bico de vidro, só para uma identificação mais imediata. As WR-21 tinham as suas bases de metal idênticas a muitas válvulas francesas e os seus pinos eram igualmente distribuídos, exactamente como as tais válvulas francesas, além de que, precisavam de 4 volts de filamento.
Havia também as válvulas Balast WB-800, extremamente raras actualmente, que eram usadas em serie com o filamento de cada WR-21, quando se usava baterias de 6 volts. Essas válvulas não foram vendidas pela RCA e tiveram a suas produções muito limitadas, o que as tornam muitíssimo disputadas pelos coleccionadores.
Em 1921 a Westinghouse lançou uma nova válvula, a WD-11, para uso com pilhas secas e 1,1 volt de filamento. As WD-11 eram idênticas em aparência às WR-21, mas com um novo estilo de pinagem da base. As WD-11 foram válvulas projectadas para Pilhas Secas. Inteligentemente o pino correspondente à placa, foi aumentado no seu diâmetro para que as WD-11 não encaixassem no soquete de alguma WR-21, pois essas usavam 4 volts de filamento e assim, com um pino mais grosso, as WD-11 só podiam ser encaixadas no seu próprio soquete.
A partir de 1922 a WD-11 passou a ser vendida pela RCA, com RC marcada no decalque da sua base.
As primeiríssimas WD-11 não tinham nenhum getter, eram válvulas de alto vácuo, mas a partir de 1922 passaram a ter um getter químico, chamado Sutherlin lime getter, era uma pasta branca que era aplicada na base da arvore de vidro que segurava as hastes de sustentação dos elementos.
Uma variante da WD-11 é a WD-12, que foi produzida também a partir de 1922. Eram electricamente as mesmas válvulas, mas a WD-12 tinha a base de metal estilo UV, para substituir as UV-201 ou 201A e permitir que um radio pudesse funcionar com pilhas secas.
A evolução das válvulas foi muito interessante nos 5 primeiros anos da década de 20' e quatro
grandes passos foram conseguidos a partir de 1920:
O filamento toriado, revestido de tório, em 1922 que, reduziu muito consumo de filamento das UV-201 de 1 ampere para 250 miliamperes, 1/4 de consumo e melhorou também
a emissão de filamento. O getter de magnésio que dava um aspecto de prateamento interno da válvula e
melhorava tremendamente o vácuo interno. Em 1924 a
evacuação do ar interno da válvula passou a ser feito por baixo da "árvore" de sustentação dos
elementos, o que melhorou muito a performance da produção e evitava que os bicos de selagem, no topo das válvulas, quebrassem com certa facilidade e finalmente a uniformização dos tipos de bases das válvulas,
que antes, eram básicamente 3; a base Western Electric modelo WE 201, de três pinos e um pino lateral, a base WD-11 e a base UV, usada nas válvulas UV-200;
UV-201/A; WD-12 e outras. A nova base UX, tinha 4 pinos longos, sendo 2 mais grossos e 2 mais finos e foram
projectados para serem encaixados num suporte menor e mais fino, reduzindo muito o volume do
actual soquete.
Comentários
Adriano Beidacki (não verificado)
Dom, 2010-01-10 23:24
Ligação permanente
Valvula de transformador de návio.
Olá, depois de procurar muito na internet, não encontrei muita informação sobre um item que ganhei de meu pai, uma válvula de transformador de navio, sabe de algum site onde eu possa encontrar informações sobre válvulas antigas, tenho essa imensa válvula de 1956, com cerca de 30 centimetros de altura e gostaria de saber se existe alguma especificação técnica dela.
Coloquei fotos dela no meu álbum do orkut, para que, se alguém souber informações sobre esse item, favor responder aqui, valeu! Se preferir posso mandar as fotos dela por e-mail. Obrigado pela atenção.